LÍRIO TELÚRICO DE ANALAGIA ANALGAMA
UM AFASTAMENTO DE DENTRO ME ACALMA E A DISTÂNCIA
DE TI ME LEVA MAIS LONGE RENTE AOS ROCHEDOS QUE O VENTO APAUPA COM SUAVIDADE
QUANDO TE VEJO NEM A MIM SINTO
ME VEJO SENDO O QUE NEM A TI PERTENCE
O CORPO CALA
TREMULO DE DESEJOS QUE TEUS OLHOS ESPIAM
NA JANELA DOS MEUS
A NUDEZ INSEGURA DO AMOR
SE VESTE E OS PÉS TEIMAM EM CAMINHAR EM UMA FUGA INDIFERENTEMENTE FALSA
UMA FUGA QUE SE TRAI
QUANDO ME VÊS DE COSTAS
INDO DESEJANDO VOLTAR
E PEDIR TE PRA FICAR
MAS CONTINUO NUM ARGUMENTO LÚCIDO
ME CALO UMA VEZ MAIS
ATRAVESSO O RIO E PULO A PORTEIRA
ABRO A PORTA QUE SE FECHA ATRAZ DE MIM
SUBO AS ESCADAS E A JANELA SE ME ABRE ADIANTE, AINDA RESTAM SOMBRAS
FOSCAS DOS CAMINHOS DO SOL NO HORIZONTE
ME ESCANDALIZO NO ESPELHO DO CÉU
É TUDO TÃO GRANDE QUE PERCO O OLHAR MEIO AS ESTRELAS TÍMIDAS
O VENTO COMEÇA A DESLIZAR NO TELHADO
O TEMPO ME ACOLHE
O SINCRONISMO ME VENCE OS TEMORES E ADORMEÇO
NUMA VIGÍLIA PÁLIDA QUE LANÇA NOS SONHOS
ME VEJO EM LISTRAS
ORA QUADRICULOS E CADA PARTE DE MIM EM UM DOS MAIS DE 1000 PEDAÇOS
UM BARULHO LÁ FORA ME TRAZ DE VOLTA AO QUARTO
ACORDEI...
ERA SÓ UMA VACA ACOMETIDA DE INSÔNIA.
TUDO QUE SE MOVE LÁ FORA É VACA OU VENTO... NÍNGUEM CHEGOU.
LIEBE LIMA (04/1996)
UM AFASTAMENTO DE DENTRO ME ACALMA E A DISTÂNCIA
DE TI ME LEVA MAIS LONGE RENTE AOS ROCHEDOS QUE O VENTO APAUPA COM SUAVIDADE
QUANDO TE VEJO NEM A MIM SINTO
ME VEJO SENDO O QUE NEM A TI PERTENCE
O CORPO CALA
TREMULO DE DESEJOS QUE TEUS OLHOS ESPIAM
NA JANELA DOS MEUS
A NUDEZ INSEGURA DO AMOR
SE VESTE E OS PÉS TEIMAM EM CAMINHAR EM UMA FUGA INDIFERENTEMENTE FALSA
UMA FUGA QUE SE TRAI
QUANDO ME VÊS DE COSTAS
INDO DESEJANDO VOLTAR
E PEDIR TE PRA FICAR
MAS CONTINUO NUM ARGUMENTO LÚCIDO
ME CALO UMA VEZ MAIS
ATRAVESSO O RIO E PULO A PORTEIRA
ABRO A PORTA QUE SE FECHA ATRAZ DE MIM
SUBO AS ESCADAS E A JANELA SE ME ABRE ADIANTE, AINDA RESTAM SOMBRAS
FOSCAS DOS CAMINHOS DO SOL NO HORIZONTE
ME ESCANDALIZO NO ESPELHO DO CÉU
É TUDO TÃO GRANDE QUE PERCO O OLHAR MEIO AS ESTRELAS TÍMIDAS
O VENTO COMEÇA A DESLIZAR NO TELHADO
O TEMPO ME ACOLHE
O SINCRONISMO ME VENCE OS TEMORES E ADORMEÇO
NUMA VIGÍLIA PÁLIDA QUE LANÇA NOS SONHOS
ME VEJO EM LISTRAS
ORA QUADRICULOS E CADA PARTE DE MIM EM UM DOS MAIS DE 1000 PEDAÇOS
UM BARULHO LÁ FORA ME TRAZ DE VOLTA AO QUARTO
ACORDEI...
ERA SÓ UMA VACA ACOMETIDA DE INSÔNIA.
TUDO QUE SE MOVE LÁ FORA É VACA OU VENTO... NÍNGUEM CHEGOU.
LIEBE LIMA (04/1996)
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