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Folclore

O medo que senti na infância de adentrar o céu espelhado na poça de água, agora me parece um imenso medo de crescer e enfrentar o bicho papão que me parecia ser a vida.  Embora a intuição me dissesse, eu não sabia que era preciso tanta  coragem. Aos 14 anos viajei para Cuiabá ao encontro de amigos que eu havia feito em Barra do Garças ainda na infância. Meu pai era delegado nesta cidade, onde acabei passando alguns períodos que deixaram muito boas lembranças. Lugar por onde passa a grande e misteriosa Serra do Roncador, divisa de Mato Grosso e Goiás, confluência dos rios Garças e Araguaia onde teve início a Expedição Roncador-Xingú empreendida pelos irmãos Villas Boas na década de 40. Barra do Garças foi cravada à beira do rio Garças e a população ribeirinha cultiva muitas lendas que ninguém arrisca para saber se é verdade ou não. O boto cor de rosa, que é um peixe muito encontrado na região, tem um comportamento inteligente e brincalhão, os pescadores de lá acreditam
Agora, com água em minha terra... um poço para desejar e festejar enlaces e quimeras Quisera estivesses aqui, viver ao meu lado esta coisa posta em peito e sustentação. olharmos juntos para as folhas velhas e ver os canteiros cheios de plantação. Begônias entretidas na mata, promessas de aricás no terreiro, borboletas coloridas fazendo piruetas e  eu sentindo o cheiro do que sempre foi meu. Olho pra isso e meu desejo é de entregar-me ao chão de pé, moirão e touceiras em capim de vento. Esparramar-me em tudo que é  torrão de terra... Esporão de vida... cerrado que me encerra  bruta nostalgia. Liebe

É preciso mais

Limpando o quintal - colocando os olhos e os pés na terra do meu coração Desejos não bastam para tirar a dor... Ter braços não bastam para alcançar alguém... Comer pão não basta para matar a fome... Ter lábios não bastam para beber o cais... Deixar lembranças não bastam para encontrar a paz... Pra viver o amor é preciso mais! Ungir-se de infinito céu sem quedar-se ao chão nas amarras de só querer querer querer Quem sabe um dia viver o amor... Liebe

Revisitando a lembrança de um sentimento antigo...

Pode ser ali... Meu amor... fala pra mim... assim bem de mansim tudo que escreveu ali... mas tem que sê aqui no pé do meu ouvido... mais perto...mais! mais! quero ouvir... mas tem que ser com hálito... cheiro e gosto... quero as suas palavras na minha boca... nas minhas mãos... trançá-las à aflição de minha língua... à urgência do meu exílio... sem absolvição... mais um gole desse vinho.... mais um gole desse tempo sem o seu carinho... Liebe

Agora

Eu sinto uma calma...como se tudo fosse uma linha reta...as espirais estão indo e voltando pro mesmo lugar...não levam mais ao desconhecido... Isso me irrita um pouco...mas é confortável...macio...