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Mostrando postagens de 2008

amor

Menino... Moço! As mulheres são sempre as mesmas, o que muda, é o homem que você consegue ser pra elas, porque você também é o mesmo homem e o que é aqui, será aculá, se sabe amar aqui, também saberá lá, porque amor é amor em qualquer lugar . Liebe

rio

De passagem

A primavera se mostra no céu azul e nas chuvas passageiras e fortes. Faz calor............ Ando olhando pra tudo como se não estivesse ali...o que sou está multiplicado em partes que não consigo juntar Num sou daqui e de nenhum lugar.... Tudo aqui já tem ares de antiguidade....as paredes, as pessoas, os lugares...no entanto, o ar que respiro é irreconhecível...os cheiros metálicos me causam estranhamento todo dia e por isso sei que não sou daqui. Quando fui à Goiás, pelas estradas eu sentia o cheiro de capim ruminado pelos bois e meus olhos se enchiam de lágrimas, me reconhecia! ...mas eu não era mais a mesma...o cheiro era incompatível com o tempo, porque ali cheirava a passado e não havia volta....eu também não era de lá! Em todos os lugares que vou a sensação é a mesma...a de estar de passagem.... Liebe

...

A poesia está no ar engravidando o seu silêncio... Aqui a cidade pulsa numa taquicardia acelerada... A boca do poeta é soturna... até um tanto triste! será que ele chora? A saudade me acompanha quando saio porta afora... Li

Cheiro de gengibres

Em baixo... naquela serra.... tem um pé de siriguelas amarelas cercada de gengibres por todos os lados... Pra chegar lá tem estrada de tropeiros cavada na rocha e acompanhadas de avencas do princípio ao fim... Parece mesmo com a terra do nunca! Antes do pé de siriguelas amarelas, tem um pequeno riacho cheio de bagres coloridos.... argilosos....esquecidos. Mas eles eram dourados e livres... Sinta o cheiro dos gengibres... A chuva já vai passar... O sol já vai dourar... Lembra? Ele sempre doura! Liebe

36.......

suspiro

Não sei se te consumo em blocos ou suspiros... se latejo manso ou se me lanço num aboio ríspido Se te amo lento ou se abro a boca e me atiro logo nesse precipicio que a distância torna. O que faço... nessa hora de pavio curto? nessa prosa de terrêro dôce? Ê...roda peão... roda peão... roda.... Liebe

Ha........ lembranças!!!

Como é bom poder ficar em silêncio! Ouvir zumbidos dos mosquitos traunsentes e aparelhos. Hoje eu não acordei bem. Difícil ensaiar a cegueira de todo dia. Ignorar a imensa tristeza que nos rodeia. Aquelas crianças e pessoas jogadas, misturadas com o lixo. Eu estava muito encantada com o fato de ser meu aquele lugar. Já agora, ouço o ruído do elevador e começa a me incomodar. Até o chão está afundando! Existe em mim uma angústia infinita que não sei onde principia ou termina. Eu poderia simplesmente dar manutenção à sobrevivência... Essa idéia me apavora imensamente! Será que sou assombrada pelo mito da grandeza? Acho que sim! Porque não simplesmente viver e esperar até que a morte venha e a insignificância da vida me esqueça? Não signifiquei nada aos meus sobrinhos e me entristeço por isso. Não deixei com eles algumas boas lembranças pra levarem consigo pela vida. Por isso peço perdão! A eles e principalmente a mim! Acho que o que vale a pena de verdade é imprimir felicidade nas pessoa

Seu sorriso

São os ventos que assobiam na janela a trilha sonora dos teus sorrisos que não me deixam... A lembrança das tuas palavras que me fogem quando acordo... sem você... Faz frio! Faz muito frio... a casa está de pernas para o ar... realidade estranha! O que eu faria se você estivesse mesmo ali? botaria em ti os olhos remelentos de quem acorda sem querer? Que medo sinto que este sonho acorde! Que sonho sinto que medo durma! E que você me consuma em poesias cálidas... e meus dedos passeem pela tua face! Livres!! Liebe

Nós

o furor das imagens de poetas com corpos que se juntam e se trazem numa àritmia galopante e insuportável prazer. os milagres sem santos , de um homem e uma mulher, num desatino de pecados mudos e laridos imaginários. Em sonhos, as viagens mundo afora , n esse trem que nunca vem ... Eu sei...é nas cordas dessa viola que meus dedos te tocam... em notas...assim, rarefeitas de singelezas sem fim, noites a dentro. a boca com anestesia de amor... ora você...ora sabiá quando já é dia e quem sabe se a tarde chega e os os lábios dormentes ainda estarão lá, pronunciando palavras doces, doces... afastando essa infindável solidão no fim de mais um dia, neste por de sol vermelho como eram vermelhos aqueles que viste quando eu te via. Sim, é verdade! tropeço e peço licença mas são tropeços de quem bebeu a dor do mundo e transformou em poesia. n as batidas dos corações n as inflexões tardias os dividendos as cobranças que o coração tributa para além desse dia, daqueles e d as lembranças(mais amenas)

Infinito azul da terra....saudades....

As sextas feiras são sempre embriagadas de silêncio e sal. à noite meus pensamentos são confusos e a vontade inexistente. Só tenho um corpo que anda fustigado pela rotina de ir e vir. No sábado meus olhos ardem... sinto saudades do privilégio de sempre descer ou subir serras. Ver o infinito azul da terra encontrando o céu. Verdes sobrepostos de outros verdes... Choro de saudades das fogueiras. Liebe

Vento

Meu desejo de hoje é: uma pequena fresta... uma palavra... que refrescasse como refresca o vento que ondulasse como ondula o vento que acarinhasse como acarinha o vento que abraçasse como abraça o vento que te trouxe como se fosse o vento. Liebe

Meu amor que passou

Meu amor... De vermelho resta a cor de meu coração combalido em tuas falas, balançado nos movimentos de tua língua posto que és a gangorra que me verte sangue, saliva, gozo... Fico lambendo o sal das tuas palavras. Vou colando cada uma delas no meu caderninho de sonhos, que embora distantes... conhecem os caminhos do céu...... Liebe

Mais sonho

Você já observou o que acontece quando a luz do sol sai apalpando as folhas e os galhos no meio do mato? Acontece o mesmo comigo quando você é presente no meu dia. O meu corpo inteiro entende e acorda! Fico assim! Querendo bem mais que o vento pra seus recados... Precisando de sussurros ao pé da orelha... me invadindo como a água morninha entre as raizes expostas e preguiçosas do mangue...Quero ser tomada imaginando que seria devagarinho...pra ser surpreendida...por essa tua descompostura cartásica de poeta doido...que bebeu a angústia do mundo e lambe comigo saudades, como se fossem as gotas de suores derramados dos amores que não fizemos e que em sonhos faremos... pela vida ou pela morte... Liebe

Silêncio

Estive prisioneira de minhas angustias e providências. Fiquei com o peito trancado, sem fala e em silêncio. A vida é uma queda livre e as vezes dá muito medo. Liebe

Simplesmente....

Te sinto perto, muito perto! Te amo forte e tanto! Muito! Te lembro um quase embora ausente falta... Como líguido gazozo e quente. Nesse abraço vingo, apurar-me... quase... retratar-te em minha frente. Liebe

Melhor ainda

Foto de José Estevam Gava

Mariana - Tudo de bom!

Foto de José Estevam Gava.

não mesmo!

será?

Menino

Há um silêncio espesso, oco, dividido dito por não dito. Há uma porta estreita, uma palavra acesa que não venço. Falo pra mim mesma ecos que não voltam. - Será que tem alguém aí? Alguém aí? Alguém aí? pode ser chuva que tilinta na janela... o vento batendo portas... silêncio fazendo ondas... imaginação deslizando o ventre... desejo de redenção calcando o tempo... realeza em trono de papelão? pode ser tanta coisa! Podem ser seus olhos voltados para o chão. Liebe

Refletores Míopes

Subi ao céu e desci ao inferno nesta inércia de realidades sobrepostas, latentes,emergentes. Qual destas será verdade? Qual deste me será dado? Meu corpo está aqui..enfadonho!? Meus olhos postos ao céu...tão azul! O que dizer das fechaduras que passo o dia a trancar? Dificulta-me crer que meus dias sejam estes... Quisera dor fosse apenas fome e homens apenas homens. Desejei ver do alto, tudo o que se passa... do alto tudo parece sempre tão pequeno... meus versos esquecidos não miram nortes... soam mórbidos em lentes pálidas... Realidade crua... Olhando daqui,imensa dor! Liebe

Quando será?

"E quando estará bem?" Respondi que estará quando tiver passado... Acho que menti! A verdade é que Vou revezando insatisfações...(pouco...em geral são repetidas) Mas este sentimento é uma variável que sempre predomina aos meus olhos. Só não sei desde quando isso acontece... não sei se a trouxe comigo quando vim ao mundo, ou se a pari. Não sei de onde vem essa preocupação sempre tardia de quem perdeu o trem... a razão... e sabe lá o que mais terei perdido. São sucessivas insatisfações que não me satisfazem nunca. Dizem as pessoas que é preciso satisfazer-me, mostrar-me satisfeita... fadei-me a procurar esta superstição. Será que se um dia eu aceitar minha insatisfação... Darei-me por satisfeita? Tomara!