Pular para o conteúdo principal

Postagens

Mostrando postagens de setembro, 2014

O dia que fugi de casa

O dia já amanhece quando acordo, viajamos a noite inteira a caminho de Cuiabá e agora o ônibus serpenteia pela serra de São Vicente. Florestas de babaçu me fazem sentir que estou mesmo longe de casa. Aqui não existem bois pastando e em minha ruminagem meu estômago arde só de pensar no que não sei que me espera. Será que ele vai me reconhecer quando me ver? E se ele não se lembrar como será a boca do mundo que se abre pra mim agora? Me mastiga? Me engole viva? A beira da estrada aquela gente oferecendo pequi, palmito de babaçu. Me faz lembrar minha avó. Como pode gostar de algo tão amargo? Gueroba....como diz ela. A esta hora ela já deve estar acordada e nunca mais vai me ver...num volto mais lá... Começo a avistar as placas grandes com as propagandas de caminhões anunciando a chegada na cidade, to chegando... to chegando... E quando chegar? Sei que ele mora perto da igreja em cima do morro. Será que ele ainda estará lá? Antes de decidir pra onde vir, cheguei à rodoviária

Sabiá

Sabiá fez morada em um ipê na porta de minha casa Logo cedo começa a cantoria de louvação ao sol. Só meu coração que não. Liebe

Solidão

Canção

Àgua que cai macia... Cada gota que cai é uma história que conta borboleta que avôa como se azul não fosse cada vento que vôa... é uma cação que pousa... Assim vou tocando as horas nas cordas da minha viola... cada hora que passa  é uma lembrança que sôa... Liebe

Linha de croncreto

Saltitar nessa avenida pela fila que me espera encontra-te nela...quem me dera! Saltitar pelos canyons de concreto onde brilha o sol poente dessa tarde de inverno. Sou a fera que te bole Sou narciso que te espelha tantos boles, boles noves fora zero e eu nessa solidão esparramada fim de dia saltitada para que passes e enfim me escolha. se de passado não passaste a pura imaginação arrefeço o futuro dessa paisagem na palma da mão em que tal linha de concreto me arma de infinita gratidão!!! Liebe

Lua nova

Eu saí para beber a tarde embriaguei-me dela que exausta de entardecer-me enoiteceu deixando um traço de lua nova no céu enluei-me toda nela. Encantei-me tarde de sua cor carmim. Liebe

Caminheiro...caminhante

. Caminhante, caminheiro... Veja as núvens de promessas que se formam lá no cèu e que se transformam cada vez que a corrente de vento muda a direção... Cada vez que a vida diz não... Caminheiro errante acompanhando o vento que te leva pra cada vez mais distante desse porto de onde só se parte... Com a angústia de saber se  para sempre um cavaleiro errante... sina de violeiro que jamais se viu no espelho. Liebe