Liebe Lima

Aqui vou levando... meio vida meio lida nesse rompante de traços que numa ora me afaga noutra desfaz as saudades que sinto. Aqui vou levando... meio laço meio fita meio fio uma meia palavra dita e tudo era perdido ficando o dito por não dito. Aqui vou remando... lambendo de lembranças esse ermo de rio... Liebe

Uma feira de fitas coloridas e esbanjaste suor no tambor, viajante em águas santas é procissão de nosso senhor. Poeta de palavras vazias esquecido de quem sou tens na palma da mão uma flor que o tempo murchou. O samba que fizeste nínguem mais canta o chapéu que usaste o vento carregou em volta da fogueira que a estrada apagou. Liebe Lima

Amar a imagem ou a miragem.. por lentes que tira e revestes a revelia das cores que pinto e repito a cada amor... Amar à margem de tudo que é dor... traçar a linha tênue de você sendo a mim sem sombra de dúvidas... sem sobra de curvas e ponto no fim. Sou decidida...vês! menina, mãe, mulher... sopro, ferida e ainda mais... faço caras e bocas para alegrar-te e assim, nunca ver chorar... "Esse menino grande que nunca cresce" Liebe

Foto de Mariana na Paraíba Anjo...anjo... meu riso se perdeu em todas as letras do meu nome quando você o dizia e repetia... Se de tudo houverem sido beijos e lambidas em palavras idas... terei mergulhado em águas muito azuis. Liebe

canta feliz e atôa cá também o canto continua a vida toma o rumo que o vento entôa lá vamos ainda na prôa a navegar, nave avê Ava Vôa... as cigarras estão invadindo nosso país e tem muitas crianças atrás delas pobres cigarras cantadeiras batem com a cara no vidro noite inteira ai, ai, ai... e eu ? A vida inteira. Liebe Lima (09/2001)

NO ÍNTIMO AS BRUMAS SILENCIAM MAIS QUE O VENTO NO VERSO A FRENTE OCULTA AS TRAMAS MAIS QUE A NEBLINA A IMAGEM TRANSPARECE NO ESPELHO AO CONTRÁRIO MAS EM MEUS OLHOS O BRILHO NÃO ENTRA AS PALMAS SE ERGUEM À TESTA E SE TOCAM A FLOR DA PELE NÃO NEGA A FOLHA ARREMATA PEDAÇOS DE MIM NUM CONTRASTE QUE A PALAVRA NÃO ALCANÇA SOMENTE ELA NÃO ALCANÇA TUDO O MAIS FICOU SEM PRECISAR SOM AS BRUMAS ME INVADEM MAS PERMANEÇO O MOVIMENTO NÃO DUVIDA É OBLIQUA A META ALCANÇA O ALVO A VOZ CALA MAS O VENTO CONTINUA PRODUZINDO O SOM DAS FOLHAS E DO CAPIM A LUA CRESCENTE JAZ NO HORIZONTE DA MINHA JANELA NA JANELA DONDE VEJO O SILÊNCIO DO ÍNTIMO O VERSO DA NEBLINA QUE A IMAGEM CONTRÁRIA REFLETE E ENTRA NAS PALMAS QUE SE ERGUEM A PALAVRA NEGA O QUE SOMENTE ELA NÃO ALCANÇA OS PEDAÇOS DE MIM INVADEM A META QUE O MOVIMENTO ELUCIDA E CONTINUA A VOZ DO VENTO O SOM DAS FOLHAS E DO CAPIM NA JANELA DONDE VEJO A LUA. LIEBE LIMA (07/1996)

O AMOR É UM VÍCIO UMA DROGA EXTASIANTE DE EFEITO PASSAGEIRO COMO QUALQUER OUTRA... DESCUBRO AGORA ESSE VÍCIO EM MINHAS ENTRANHAS AUTRORA UMA PLETORA DE SONHOS E DESEJOS NÃO HAVIA POR ESTES SERTÕES TÃO LUXURIANTE FLORA AS PALMEIRAS DAS MINHAS ILUSÕES!!! AMEI TUDO QUE TINHA SENTI TUDO QUE O CORAÇÃO DISPUNHA BERREI DE EMOÇÃO RASGUEI MINHA VOZ NUM ENCANTAMENTO UTÓPICO, VELOZ ME TORNEI UM SER AMOR DESPOJADA DE DEFESAS GASTEI TUDO QUE HAVIA OS MOMENTOS ERAM TUDO QUE ME PERTENCIA O AMOR ESSA DROGA MÓRBIDA ME ENTERNECIA EM DEVANEIOS FUI DOANDO PARTES DE MIM POR AMOR UMA CHAMA ME OFEGAVA A ALMA QUANDO CONSUMIDA DE AMOR E EU ME ENTREGAVA SEM TRAVAS GASTEI TUDO QUE TINHA POR AMOR ENTRANHEI CADA PEDAÇO DE VIDA EM MEUS POROS CADA PORO MEU ERA UM MOMENTO DE AMOR MOMENTOS FORAM QUE ME PERDI A ESPERA INFINITA ÁSPERA ACABOU O AMOR A REALIDADE É O QUE ME CABE AGORA... AS PESSOAS SEM ENCANTAMENTO SE DESMORONAM UMA A UMA IMAGINE QUE AGUARDAVA QUE ESSA DROGA ME ENCANTASSE PARA

LÍRIO TELÚRICO DE ANALAGIA ANALGAMA UM AFASTAMENTO DE DENTRO ME ACALMA E A DISTÂNCIA DE TI ME LEVA MAIS LONGE RENTE AOS ROCHEDOS QUE O VENTO APAUPA COM SUAVIDADE QUANDO TE VEJO NEM A MIM SINTO ME VEJO SENDO O QUE NEM A TI PERTENCE O CORPO CALA TREMULO DE DESEJOS QUE TEUS OLHOS ESPIAM NA JANELA DOS MEUS A NUDEZ INSEGURA DO AMOR SE VESTE E OS PÉS TEIMAM EM CAMINHAR EM UMA FUGA INDIFERENTEMENTE FALSA UMA FUGA QUE SE TRAI QUANDO ME VÊS DE COSTAS INDO DESEJANDO VOLTAR E PEDIR TE PRA FICAR MAS CONTINUO NUM ARGUMENTO LÚCIDO ME CALO UMA VEZ MAIS ATRAVESSO O RIO E PULO A PORTEIRA ABRO A PORTA QUE SE FECHA ATRAZ DE MIM SUBO AS ESCADAS E A JANELA SE ME ABRE ADIANTE, AINDA RESTAM SOMBRAS FOSCAS DOS CAMINHOS DO SOL NO HORIZONTE ME ESCANDALIZO NO ESPELHO DO CÉU É TUDO TÃO GRANDE QUE PERCO O OLHAR MEIO AS ESTRELAS TÍMIDAS O VENTO COMEÇA A DESLIZAR NO TELHADO O TEMPO ME ACOLHE O SINCRONISMO ME VENCE OS TEMORES E ADORMEÇO NUMA VIGÍLIA PÁLIDA QUE LANÇA NOS SONHOS ME VEJO EM LIS

O QUE SOU ENGRANDECE MAS NÃO TEMPERA SE NÃO TE APETECE. MEU CANTO TE ENCANTA MAS NÃO DÁ SUSTANÇA TE PROCURO EM UM TOM DE UM ACORDE MENOR NUMA LEVEZA QUE TE ARRANHA OS OUVIDOS E VOCÊ SOME TE ENCANDEÇO COM SUSSURROS VOCÊ IMAGINOU E EU SORRI MEU CANTO É DESAFINADO. LIEBE LIMA (07/1996)

NA VERDADE O QUE SINTO AGORA NÃO É CHEIO NEM VAZIO DISPENSO MEDIDAS E CONTEÚDOS E VOCÊ NÃO ME PARECE PERTO OU LONGE ESQUEÇO AS CERCAS QUE IMPÕE DISTÂNCIAS AO ESPAÇO INFINITO O QUE COMPASSO NÃO É VAGO OU MESMO PALPÁVEL É UM ESTAR DIFERENTE DE ESTAR NO MUNDO NÃO HÁ NADA DE ATRAENTE EM TI QUE MEUS OLHOS TENHAM VISTO OU UMA PALAVRA QUE TENHA DITO MAS MEU CORAÇÃO TRIBUTA. LIEBE LIMA (11/1996)

TENTAR FECHAR OS OLHOS DEIXAR A CALIENTE ÁGUA DESLIZAR POR ENTRE PELOS AGUARDAR PACIENTE QUE RETORNES E ABSOLVAS MINHAS TRILHAS DESFAÇA MINHA ILHAS, CONTENTE DE CÉU AZUL. HÁ QUE ME IMAGINAR FELIZ RIZONHA DESCIDA DE PEDRA E RIO FORJAR A FERRO E FOGO ESTA ALEGRIA REBUÇADA DE SAUDADE DEIXAR DE QUERER TE TANTO. MEU CORPO JÁ NÃO ME ACOMPANHA, MINHA LEMBRANÇA É COR DE AZEVICHE ROSA TUA. QUERIA TE LEMBRAR FAZER-TE DE BONS MOMENTOS QUE É PRA VER SE VOCÊ FICA COMIGO. LIEBE LIMA (05/1997)

EU AGORA ESCREVERIA EM TUAS PÁGINAS DEITARIA VERBOS DOCES SOBRE TI APESAR DO TEU SILÊNCIO RECEPTIVO SEI QUE AINDA QUE PASSIVA ME VIGIAS TEnTA-ME A DIZER-TE MEUS SEGREDOS SE FAZENDO DE ESQUECIDA SEI QUE SE DELEITA EM MEUS VAZIOS E NÃO SE ESQUECE NEM DAS VÍRGULAS. LIEBE LIMA (04/1997)

O QUE ME APRAZ ME AVALIA COR NOUTRORA LUZ SE ZINGANGUE FOR CHAMEJANTE ODOR PRAÇA DE AZEVICHE QUE ME APORTINHOLA A ALMA E ME ABOCANHA A CALMA. LIEBE LIMA (09/1998)

SE ME ABRO ME TENDO VEJO NO VENTO O SENTIR ABRINDO QUE ME PEGO SENDO SE ME CALO AINDA ASSIM SINTO SE ME SOU FUJO SENTINDO TRANSPIRAR SE BERRO PEGO-ME OUVINDO SENTIDO NO ECO SE ME PERCO ACHO-TE MAS NÃO ME ENCONTRAS PORQUE NÃO EXISTO AMADURECER O FRUTO SULCAR O SER NOSSO ENCONTRO FOI SÓ UM DESENCANTO. LIEBE LIMA (06/1996)

O VERDE ME ATIRA ME AMA ME ENCANTA ORA ME AVEXA ME ENCHE DE FEICHOS O CAMINHO DO RIO E TILINTA NAS PEDRAS EMBARULHA O VENTO NUM CANTO DO FUNDO DO AMAGO DESCONHECIDO DO TEMPO QUANDO OUÇO O PINHEIRO SOTURNO DE BEBER AR INVENTANDO A MÚSICA CONHECIDA DOS ANJOS LIEBE LIMA (06/1996)

O cheiro que inventas, é destes que se acotovela no mar e segue pela vertente do imaginar. Te soltas nestes redemoinhos e vem que de açoite espero pra te abraçar.alcançar. Liebe Lima (01/2000)

Euforria! Passado a disnatia do encanto Outrora pranto Que se tornou espanto, Embora olhe A distância só vislumbra o infinito Que meu coração alcança. Na noite daqui, pirilampo Brinca de lua e Amansa o cheiro de flor Que adoça minhas lembranças. O sentido perdeu o gosto De aperto E só se escuta A viola murmurando seu pranto noite adentro, pranto que fazem cantar as cigarras que também de saudades querem falar. Quisera eu saber de esquecer qualquer dor que a vida traga na noite daqui, não aguentar de esperar o dia e que este dia nos traga muita alegria! Liebe Lima (08/2000)

Quando a saudade aparece soberba de verdade, ensinuando meus passos, carregando-me no colo de encontro ao encanto seu, paro e espero parar de escorrer as palavras quentes, ávidas por serem ditas. Fico só com o sussurro mudo dos amores que não fiz, quem sabe outros lábios apartem de mim esta saudade. Melhor é calar meu grito, afogar os soluços antes mesmo que aflorem. Acalmar minh’alma, rasgar no peito os versos paridos de um amor profano, inapetecido, insano. Depois dormir sem os laridos de amores idos. Liebe Lima (08/2000)

Por do sol no rio Culuene - foto de Liebe Lima A noite não se cansa de escurecer e nem eu quisera que somente o dia reinasse arrefecendo sonhos... creio que o dia tornado noite traz em si o esquecimento das regras ditas pelos olhos do mundo e nela o que somos sem dizer aparece como que sem ainda ser. O sol jaz no horizonte depois de um mesmíssimo caminho no céu e ainda assim é um sol, um sol e outro sol a cada percurso do dia que enfim se esvai. Aqui é o fim de mais um... E que belo fim! Liebe Lima (11/2000)

Derrama-me o visgo de uma raiva insana Trava-me a calma, engasga-me a alma Sou berros e urros Idos dias refrescados de minha ira Naquelas ruas chapiscadas pelos ventos e brilhos solares As esquinas dobradas a passos ensimesmados a despeito Do que quase me esqueço... Eu mesma! O que sou, quem sou e todas as tarefas a serem realizadas. Por aqui parece que a falta não tece teias de tudo que existe para faltar às pessoas. Parece que tudo é preenchido por nada, mas o mel verte e jorra pelos vales. Porque é doce de olhar... Liebe Lima. (11/2000)

As horas urgem ao meu encalço... É tarde, é tarde E minha poesia pouca É preciso correr e quem sabe encontrar-te A mostrar os dedos Numa significância relevante. É cedo, é cedo E a minha voz rouca Subtrai-se antecipando o fim. Quanto pesar... É apenas mais um fim dentre tantos outros. Liebe Lima (02/2001)

O fenômeno do amor ou quer seja da paixão produz em Mim algo que poderia chamar de efeito televisão... Isso porque passo o dia a olhar em mim imagens tuas, imagens carregadas de um sensacionalismo amoroso impressionante. Meu coração faz embutir toda sorte de peregrinações em busca de ti, tão vã que meus olhos se enchem de água... Parece que a distância te torna algo sensacional que habita o imaginário moldado ao meu bem querer-te, seus olhos são mais profundos, tanto, que me sinto banhada neles.... Você abre os braços e eu me delicio com a sensação de que é só isso. Não precisa mais... Liebe Lima (03/2001)

Trama de fios e balauarteamar o mar com nexo, visgo fixo de encaixoteneanalizar-te. Avesso, com ou sem seu rosto rodotiniilista de não acreditar-me. salgado de prantear, vesgo por ironizar desditas vias de imaginamar versos desconexos... De derramar suasfrias e esquecidas palavras de amor. Liebe LIma (04/2001)

Cada vez que seus olhos se fecham diante dos meus, meu coração fotografa... Quando teus olhos se abrem diante dos meus a luz deles banha minha alma, meu coração salta... quando te lembro minha lembrança sorri para esse amor que vem pra ficar e tem gosto de chão, é muito chão pra rodar vem vamo correr mundo, de barco avoá até a noite que enluara o sertão chegar. se trouxeres na matula a farinha e o mel, não te esqueça dos dizeres com gosto de céu, pra eu me fartar dos beijos que tens pra me dar. Se ainda assim na areia o sol lhe cardar, sejas de mim o sol, o sol, o sol. Liebe Lima (02/2000)

Dígitos neste início de milênio, quem dera pudéssemos zerar sem mortes esta vida, recomeçar sem que tudo tenha terminado. Não Ter que terminar para reaprender a tentar... Liebe Lima (12/2000)

Pairar em vôo livre no ar sentimento leve no olhar tristeza não me encanta permitir me amar de tudo que veio, vai ou foi é preciso o canto a alegria verdadeira do encanto rara de encontrar e cultivar tem dias que idos deixam-me lamentos tristes que a viola chora e transforma iluminando... eu quero a luz que emana plena de só existir. Amo você, sei que está aí, embora distante... é em ti que erro as flexas de acertos sempre tão incertos. admiro sua tão sempre certa certeza, aceito os risos que te afloram quando meu pensamento destoa do seu mundo de janelas abertas pelas chaves ordenadas. Imagino que além de risos o meu ser assim de tantos planos soltos, te inspire também algumas críticas. só sou assim, sem solicitar ajudas para assim sê-lo. você é muito sério...quase indiferente. gostaria de saber que sentimentos permeiam seu coração. me diz Liebe Lima (08/2001)

Aqui estou a esvaziar-me as veias, minha calma se deleita em palmas deslizando em seu corpo imaginário... acho que é momento de deixar, partir para amar o que o mar traz sereia canta na areia em noite de maré cheia coleciono saudades, anseio pelas horas da noite que o encanto te fará meu, quando o dia vem, você evapora e voa que nem pluma... espuma num vem e vai de ondas sem fim. o mar é tão grande, e eu ínfimo grão... é também assim o meu amor, que se desloca de região em região... intercalando dia e noite noite e dia até o dia que chegar o fim o fim... e de novo ser palma... na areia de um amor nascido terno, pleno de um sempre que para sempre será perdido entre princípio, meio e fim. é assim meu amor que meu amor sempre será. mas eu não caibo em ti. Liebe Lima (09/2001)

Não temas que eu venha a lhe açoitar apenas me inspiras como a lua ao mar... por amor tenha calma...! serei singela venha...! que de ti só quero a alma. Antemanhã Macia... Opaca e Plena

O sol, o céu, a lua... O tempo me espreita e minha alma flutua. Quero cantar e que todos ouçam a minha voz, nos terreiros ecoem versos azuis, brancos, amarelos, pálidos, ou de nenhuma cor. Declamaria de cor e em pé muitos nomes naufragados em perdas e dores, mas se canto é para que tu decores em cores que te guardo... num retrato de um altar alado que vôa... vôa... vôa... Mas um dia volta. Liebe Lima (09/2001)

A poesia só é possível quando o coração prevalece seja com dor ou êxtase de amor quando um pleno sentir busca a fundo embelezar a tudo que há na terra até mesmo a guerra que se esparrama em um rastilho de pólvora pelo mundo há guerra! sois a boca vermelha de uma dama que não chora. Liebe Lima

A poesia é o bom bocado da arte que me fala é o Dom calado das partes que me caibo emudecendo boca, passando mãos, lambendo silêncios, abraçando vãos. A hipocrisia é o mal alado da parte que te cabe, lambida amarga da arte que se cala. Liebe Lima (03/2002)

Arte de peixe é mergulhar, faça sol, faça frio... Arte de gente é ser o que é Ensimesmar-me por aí espiralando curvas de um mesmo rio. Navegar em sonhos é dormir de acordar estrelas as mesmas no céu até que brote o sol e venha desanuviando véus. Parcas rimas desdizem minhas palavras que além de poucas esquecem-se máscaras e perdem-te vírgulas e vírgulas pra não mais por ponto no fim. Liebe Lima (04/2002)

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Uma bolha transparente de sabão ruma o imenso céu... É feito dela o material efêmero de minhas lembranças imateriais. É feito você... uma bolha que se alevantou tão transparente e colorida pelo sol. Etéreo de natureza, Balsâmico na existência. Saudade imensa! Liebe

A pele que te afaga... a pele que te lambe... a pele que te amarga... a pele que te lança no pó da estrada. Pinça na mão, risca o chão olhos de águia, núvens de arrebentação... pisa na terra chove na mão lava o rosto e o sal. Liebe

Ontem o céu ficou escuro aqui, me fez sentir medo...medo do que parecia ser o juízo final. Hoje a imagem de um homem acenando na contra luz do sol, erguendo a mão com um copo de café, o hálito enfumaçado de quem começa cedo, fez que meus olhos quisessem lacrimejar. É por estas e outras que me encanta ser parte dessa gente trabalhadora, que faz funcionar as engrenagens dessa cidade. Eu me sinto parte de cada um deles. Amanhã Também o dia começa cedo, talvez eu me sinta impaciente com o pouco que eu tenha caminhado, assim como me sinto todos os dias...com a sensação de mais um dia ido, com um a menos por vir. Depois de amanhã é esperar que conjugue em mim todas as pessoas do verbo amar, pra que eu reciprocamente ame, na justa medida de amor que o outro me tem pra dar. E que o amor não seja mais algoz...de nenhuma forma de amar. Liebe

As horas não passam mais galopantes... dia afora, noite adentro folhas secas, nuvens cheias dia cinza, noite fria. Sentimentos multiplos arredam euforias desejos em punho esvaziam. Guardo na alma cada dia. Parece pouco mas transformam o futuro... Em poesia. Liebe

Por favor não faça silêncio Não faça silêncio sorria um sorriso aberto coloque suas mãos nas minhas. Não fique calado não jogue tudo no chão o tempo que transcende tudo e te traz de volta como vento que passa na janela. Depois do por do sol mais um dia e dias e dias só pra dizer o que sinto por você............ Liebe

num tem prosa.... num tem calundú que passa ligeiro... aliás calundú...é meu companheiro que dormia desavisado e vc acordou... agora...num dorme mais... não na tua presença... Deixe de lenga! aqui a fonte secou... amorzinho....docinho..... num tem mais num sinhô... Ilusão acabou.

Aqui o dia começou azul mas as núvens que foram chegando me ensimesmaram com medo da chuva... e ela veio lavando a rua embarulhando a tarde... embaralhando os carros... parecia tristeza... mas era saudade... Saudade de Ana! Liebe