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Nós

o furor das imagens de poetas com corpos que se juntam e se trazem numa àritmia galopante e insuportável prazer.
os milagres sem santos, de um homem e uma mulher, num desatino de pecados mudos e laridos imaginários.
Em sonhos, as viagens mundo afora,
nesse trem que nunca vem...
Eu sei...é nas cordas dessa viola que meus dedos te tocam...
em notas...assim, rarefeitas de singelezas sem fim, noites a dentro.
a boca com anestesia de amor...
ora você...ora sabiá quando já é dia e quem sabe se a tarde chega e os os lábios dormentes ainda estarão lá, pronunciando palavras doces, doces...
afastando essa infindável solidão
no fim de mais um dia, neste por de sol vermelho
como eram vermelhos aqueles que viste quando
eu te via.
Sim, é verdade!
tropeço e peço licença
mas são tropeços de quem bebeu a dor do mundo
e transformou em poesia.
nas batidas dos corações
nas inflexões tardias
os dividendos as cobranças
que o coração tributa para além desse dia, daqueles e
das lembranças(mais amenas)
quase esquecidas...
Memórias...
intensa fagulha essa de dentro
da alma

calma de poeta é terremoto em sol de meio dia, em noite de lua cheia fogueira de alma vazia.

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