Pular para o conteúdo principal

Ha........ lembranças!!!

Como é bom poder ficar em silêncio!
Ouvir zumbidos dos mosquitos traunsentes
e aparelhos.
Hoje eu não acordei bem.
Difícil ensaiar a cegueira
de todo dia.
Ignorar a imensa tristeza
que nos rodeia.
Aquelas crianças e pessoas jogadas,
misturadas com o lixo.
Eu estava muito encantada com o fato
de ser meu aquele lugar.
Já agora, ouço o ruído do elevador
e começa a me incomodar.
Até o chão está afundando!
Existe em mim uma angústia infinita
que não sei onde principia ou termina.
Eu poderia simplesmente
dar manutenção à sobrevivência...
Essa idéia me apavora imensamente!
Será que sou assombrada pelo mito
da grandeza? Acho que sim!
Porque não simplesmente viver
e esperar até que a morte venha
e a insignificância da vida me esqueça?
Não signifiquei nada aos meus sobrinhos
e me entristeço por isso.
Não deixei com eles algumas boas lembranças
pra levarem consigo pela vida.
Por isso peço perdão! A eles e principalmente a mim!
Acho que o que vale a pena
de verdade é imprimir felicidade nas pessoas.
Principalmente nas crianças,
que com sorte levarão de nós as boas orientações
para irem adiante e longe...bem longe.
Os índios sei que são capazes de cobrar aquele
guarda chuvas, mesmo depois de longos
vinte anos. Ou aquele CD da Marlui Miranda
que prometi ao Camani e não cumpri.
Quem sabe se assim ele num me esquece!
Porque quero que ele se lembre? também não sei!?

Liebe

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Marina...você se pintou Por Maurício Abdalla

Marina,... você se pintou? Maurício Abdalla [1] “Marina, morena Marina, você se pintou” – diz a canção de Caymmi. Mas é provável, Marina, que pintaram você. Era a candidata ideal: mulher, militante, ecológica e socialmente comprometida com o “grito da Terra e o grito dos pobres”, como diz Leonardo. Dizem que escolheu o partido errado. Pode ser. Mas, por outro lado, o que é certo neste confuso tempo de partidos gelatinosos, de alianças surreais e de pragmatismo hiperbólico? Quem pode atirar a primeira pedra no que diz respeito a escolhas partidárias? Mas ainda assim, Marina, sua candidatura estava fadada a não decolar. Não pela causa que defende, não pela grandeza de sua figura. Mas pelo fato de que as verdadeiras causas que afetam a população do Brasil não interessam aos financiadores de campanha, às elites e aos seus meios de comunicação. A batalha não era para ser sua. Era de Dilma contra Serra. Do governo Lula contra o governo do PSDB/DEM. Assim decidiram as “famiglias” que contr

Fitas coloridas

Uma feira de fitas coloridas e esbanjaste suor no tambor, viajante em águas santas é procissão de nosso senhor. Poeta de palavras vazias esquecido de quem sou tens na palma da mão uma flor que o tempo murchou. O samba que fizeste nínguem mais canta o chapéu que usaste o vento carregou em volta da fogueira que a estrada apagou. Liebe Lima