Os cílios me repetem a ilusão de olhar e ver,
tanto que quis e acho que até fiz, noutros tempos,
uma meia música pra você.
Se existe verdade, eu não soube
usar a luz sem lentes
que essa verdade visse.
Foquei uma cor imaginada
que meu daltonismo deslumbrou tantas vezes,
na curva de uma mesma estrada.
Nesta sinto dor, dor de querer fechar os olhos
pra essa visão medonha de não ver.
Quero beber da cegueira exata de esquecer...
Pasmem...
Dia passa...
E lá estou eu, pronta,
repetindo a ilusão de olhar...
Acreditando ver
sem ter nunca visto.
Liebe
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