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Palavras...

Nestes tempos de estio, com a esperança vesga
olho e olho ainda mais dentro dos seus olhos
para que veja o que não digo...
Eu nunca soube dizer
Mas em minha boca,
dentro dela, haviam muitas juras...
guardadas pela distância
num grande baú de conspirações.
E as palavras foram sendo fermentadas,
misturadas ao tempo e depois esquecidas.
E assim ficaram...
ensimesmadas,
sem espera.

Então numa noite destas
que se amoita no sol até até o último raio
elas foram saindo da minha boca
e da boca dos homens
roçando as línguas
e virando vaga-lumes
numa noite enluarada...
desdizendo as dores do mundo,
emudecendo o silêncio esquecido na garganta,
cantando sussurros
quando o dia amanheceu,
o céu estava limpinho....limpinho...
estampado de esperança.

Liebe Lima

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